PALAVRA DA PRESIDENTE
Primeiramente, gostaria de agradecer a presença de todos os presentes neste momento único. Momento este que me traz imensa alegria ao receber esta honrosa homenagem referente a contribuições no setor e refletirmos sobre os 50 anos da Lei 5991 de 17 de dezembro de 1.973, a qual foi de grande importância para toda categoria e suas instituições.
A escolha do meu nome enche-me de orgulho e, ao mesmo tempo, intensifica minhas responsabilidades nas batalhas diárias em prol da profissão farmacêutica, buscando fortalecê-la ainda mais.
Esta homenagem, não apenas a mim, mas a todos presentes, será guardada entre as mais preciosas lembranças, servindo como validação de que minhas ações como farmacêutica estão no caminho certo.
Ao receber este reconhecimento, reforço minha convicção de que vale a pena lutar incansavelmente por grandes causas, tendo como principais bandeiras a saúde da pública e a valorização da minha profissão.
O crescimento e fortalecimento da nossa profissão farmacêutica são impulsionados por diversos fatores. Nestes 50 anos muitas coisas aconteceram, dentre as quais, o Sistema Único de Saúde, com diversas políticas de acesso a medicamentos sempre foi pauta de todos os governos. E sempre que falamos de medicamentos, falamos de farmacêuticos. Pois para que um paciente seja tratado, é necessário que um farmacêutico tenha coordenado tecnicamente a fabricação, armazenamento, transporte e dentre várias áreas a Dispensação.
Outro marco nesses 50 anos que vieram com o desenvolvimento da profissão, luta incansável dos profissionais pela excelência dos serviços prestados, seja no público, como no privado, o Conselho Federal de Farmácia, em 29 de Agosto de 2013 regulamentou a prescrição farmacêutica, ampliando as possibilidades de atendimento do profissional em especial nos MIPs.
Em A Lei 13.021 de 8 de Agosto de 2014, veio para garantir a autonomia do profissional, encerrar debates longos sobre que o farmacêutico é o profissional responsável técnico de Farmácias, e claro, registrar o que todos nós farmacêuticos já sabíamos, que farmácia não é um simples comércio, mas sim um estabelecimento de saúde.
Contudo, passados 50 anos da Lei 5.991/73, vemos um claro direcionamento das funções assistenciais clínicas do farmacêutico. Na pandemia de COVID, diversos colegas enquanto muitos estavam em quarentena, os farmacêuticos estavam a postos nas farmácias para cumprir seu papel fundamental e colaborar com a saúde pública.
Enquanto comércios fechavam, as farmácias estavam lotadas, pessoas adquirindo medicametos, realizando serviços farmacêuticos, e até mesmo realizando testes de COVID.
Neste momento que refletimos os avanços da Lei 5991/73 é preciso compreender que existem desafios, e não são pequenos. Um deles é a segurança dos profissionais que lidam com atribuições clínicas, terem o mínimo de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), para reduzir os riscos que estão cada vez mais expostos. E como não podia ser diferente, lutar por remunerações mais justas, condições de trabalho dignas e que o setor compreenda a posição dos tribunais frente a insalubridade que o farmacêutico fica exposto.
As políticas públicas no setor de saúde e o crescimento do mercado empregador contribuem significativamente para o fortalecimento da profissão farmacêutica e acesso a medicamentos a toda população brasileira que em sua imensa maioria é carente de serviços básicos.
O papel do farmacêutico em meio a sociedade brasileira, é de vital importância, é sem dúvida o profissional de saúde mais acessível da sociedade. Basta ir em uma farmácia que observa a Lei 5991/73, isto é, possui assistência farmacêutica integral que será bem atendido.
Por fim, com grande emoção, afirmo que é entre todos vocês que encontro a essência da minha luta, a inspiração para projetos e a força para superar as barreiras que desafiam os farmacêuticos.
Agradeço profundamente por esta honra.
ROSSANA FREITAS, 19 DE DEZEMBRO DE 2023.
Eliminar papel, integrar a Rede Sim Acre, o SEI (Sistema Eletrônico de Informações) e a comunicação eletrônica direta entre o setor regulado e os diversos núcleos da Vigilância Sanitária do Estado do Acre, este foi o ponto central de encontro realizado com o Secretário de Saúde, Pedro Pascoal; o diretor da Vigilância Sanitária, José Ribamar e o deputado estadual Pedro Longo, nesta segunda-feira 13.
O gestor estadual, Pedro Pascoal, se comprometeu em reunir sua equipe, levantar as necessidades internas, tais como equipamentos de informática e treinamentos devidos, definir cronogramas e realizar a assinatura de termo de cooperação entre as partes. “Eu mesmo anseio pelo momento no qual seja eliminada a necessidade de assinar papéis à caneta”, revelou o jovem secretário ao falar sobre digitalização das instituições públicas.
Já o deputado Pedro Longo tem feito esforços permanente desde seu mandato passado, para contribuir com todos que dependem do licenciamento sanitário, tais como fábricas, hospitais, clínicas médicas e odontológicas, consultórios, postos de saúde e de medicamentos, distribuidoras e transportadoras, veterinárias e muitos outros, sendo de sua autoria a Lei nº 3.907/2022 que estabelece prazo máximo de 30 dias para inspeções, bem como prevê a emissão dos relatórios de inspeção sanitária por assinatura eletrônica.
O projeto de digitalização tem sido um esforço permanente do diretor da Vigilância Sanitária, José Ribamar, que acredita que o ambiente digital irá reduzir a distância entre a capital e os municípios do interior, pois todos os contadores, empresários e profissionais de saúde precisam enviar papéis via Correios ou ônibus, para atender as demandas.
“A Sefaz-Acre, a Justiça acreana, a Junta Comercial, o Corpo de Bombeiros e a Anvisa - são todos órgãos já digitais. Qualquer compra que o consumidor faça, a nota fiscal é emitida de forma imediata eletrônica via XML, por isso acreditamos que chegou a vez também da Vigilância Sanitária se modernizar e adotar a rapidez da internet”, afirma a presidente do Sindicato das drogarias e farmácias do Acre, Lara Souza.
Presente no evento, a farmacêutica conselheira do CRF-Acre, Rossana Freitas e Bruno Araújo - este último representante de movimento em defesa dos farmacêuticos que trabalham no balcão de drogarias e farmácias - , pontuaram a importância de eliminar a burocracia do uso de papel, já que é uma rotina mensal destes profissionais de saúde. “O nosso famoso relatório mensal é dos grandes gargalos da nossa profissão, temos que ter tudo isso impresso, precisamos nos ausentar da farmácia para enviar tais documento para a Vigilância Sanitária, do 1º dia do mês até o 15º, pegar um protocolo, no entanto, a tecnologia está aí para nos ajudar, essa digitalização será uma grande vitória para nossa categoria”, disse Araújo.
Muito além dos farmacêuticos, os demais profissionais de saúde, como médicos, dentistas, veterinários e outros serão amplamente beneficiados, uma vez que todos dependem de algum serviço da Vigilância Sanitária. O projeto será pactuado nos próximos dias entre a Sesacre (Secretaria de Estado da Saúde) e a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre), no intuito de unir os anseios do setor privado à busca por mais agilidade da máquina pública.
O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) obteve uma resposta positiva da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) em relação à solicitação de reformulação do formato das notificações de receitas de medicamentos sujeitos ao controle especial. Após a manifestação do CRM-AC, a Sesacre, em portaria assinada pelo secretário Dr. Pedro Pascoal, autorizou a Vigilância Sanitária do Estado do Acre a realizar as devidas adequações nos documentos.
A demanda foi enviada pelo CRM-AC à Sesacre no início deste mês, com o intuito de buscar melhorias no formato dos receituários médicos, especialmente aqueles destinados a medicações de controle especial. Os profissionais médicos têm enfrentado dificuldades para inserir todas as informações obrigatórias no documento, devido às limitações de espaço no formulário disponibilizado atualmente. Essa questão tem causado entraves para os pacientes na hora de obter as medicações prescritas nas farmácias.
Diante dessa situação, o CRM-AC convocou uma reunião no dia 1º de junho deste ano, que contou com a participação de diversas entidades envolvidas. O encontro teve como objetivo discutir os problemas relacionados ao preenchimento das receitas médicas. Após a reunião, ficou acordado que o caso seria formalmente encaminhado à Sesacre, solicitando uma reconsideração do formato atual do documento, bem como a disponibilização de um modelo que permita a inserção adequada de todas as informações necessárias, em conformidade com as legislações vigentes.
Além disso, o CRM-AC também levou o assunto ao conhecimento do Ministério Público do Acre, sugerindo a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta enquanto o problema não fosse solucionado de forma definitiva.
Em resposta às demandas apresentadas pelo CRM-AC, a Sesacre autorizou a Vigilância Sanitária do Estado do Acre, a partir de 14 de julho de 2023, a realizar os esforços necessários para adequar as notificações de receitas dos medicamentos sujeitos ao controle especial ao tamanho sugerido de 19 cm de largura por 13 cm de altura. Essa medida visa proporcionar espaço suficiente para o preenchimento completo do endereço do emitente, do paciente e dos compradores, de acordo com as legislações vigentes.
É importante ressaltar que foi concedido um prazo de 18 meses para que os modelos de tamanho anteriormente utilizados das notificações de receitas de medicamentos sujeitos ao controle especial possam ser usados em circulação concomitante com os novos tamanhos de 19 cm por 13 cm.
“Com essa decisão, espera-se que os problemas enfrentados pelos profissionais médicos ao preencher as receitas sejam solucionados, facilitando, sobretudo, a vida dos pacientes na obtenção dos medicamentos prescritos. O CRM-AC continuará acompanhando o processo de implementação das mudanças, com vistas a garantir que as medidas propostas sejam efetivamente colocadas em prática, em benefício de toda a comunidade médica e da população acreana”, afirmou a presidente do CRM, Dra. Leuda Dávalos.
Somos um grupo de farmacêuticos e farmacêuticas com experiências diversas, cujo objetivo comum é lutar pela valorização do profissional, da sua carreira nos serviços público e privado e participar do esforço coletivo em defesa da saúde pública. Nós acreditamos em um Conselho que procure sempre valorizar o farmacêutico, que tenha a compreensão de nossas lutas, que seja articulador de soluções e que aja com independência na defesa de todos.
O Movimento Valoriza Farma Convida-os para o lançamento dos novos modelos de receituário da portaria 344/98.
Anota aí>>> Terça-feira, dia 05 de dezembro, às 14 na @fecomercioacre